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O CAMINHO DOS DIREITOS TRABALHISTAS NO BRASIL

Izabelly Teofilo*
​A célebre obra “Auto da Compadecida” do esplêndido escritor Ariano Suassuna, aborda diversas críticas sociais. Desse modo, é possível perceber os problemas sofridos na área sertaneja do Nordeste, entre elas, pode-se citar as condições de trabalho dos protagonistas, Chicó e João Grilo, os quais são extremamente instáveis devido a não existência de direitos trabalhistas na época. Contudo, esse problema não se torna o único, sendo fundamental a discussão do baixo desenvolvimento do país e a exploração da classe proletária.
​Com efeito, é nítido os motivos que levam ao Brasil não possuir maior capacidade de desenvolvimento, o que é perceptível desde a colonização, a qual foi de forma exploratória, resultando num processo lento como progresso tardio. Até os dias atuais, a administração governamental demonstra exclusividade, investindo maior parte dos centros nacionais, ou seja, as grandes cidades. Sucedendo assim, na marginalização de regiões com baixo desenvolvimento. Comprova-se esse fato através de uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) a qual apresenta a taxa de pobreza por região e como sempre, o Nordeste está no topo da lista com 77,1%.
​Ademais, vale ressaltar que a exploração da classe proletária existe desde antes, quando havia a burguesia que abusava da mão de obra dos proletários. Isso é demonstrado na obra “Auto da Compadecida”, quando o padeiro trata inferiormente os seus empregados, Chicó e João Grilo, pagando baixos salários, oferecendo moradia e alimentação precária. Analisando a situação, é notável que essa condição vai contra aos Direitos Trabalhistas, conjunto de normas que não se aplicavam no contexto do livro escrito por Suassuna. Porém, atualmente, em que tudo deveria ser cumprido corretamente, já que temos um avanço tecnológico que permite ao trabalhador o acesso à informação, alguns estabelecimentos ainda descumprem esses direitos que fazem total diferença na vida econômica, física e moral do empregado.
​Por fim, ao compreender a necessidade da existência e cumprimento de Direitos Trabalhistas, faz-se fundamental propor criação de leis rígidas que impossibilitem a sua não realização. Sendo assim, é dever do Ministério do Trabalho ampliar os direitos e benefícios dos trabalhadores e garantir estes por meio de fiscalizações para assim promover o bem-estar daqueles responsáveis pela mão de obra. Bem como, o mesmo órgão poderia realizar campanhas de conscientização para a sociedade ter conhecimento dos seus direitos através dos meios de comunicação e assim, avançar significativamente em termos social e judicial.

Izabelly Teofilo Almeida,é aluna do 8º ano do Colégio Nossa Senhora da Piedade (CNSP). O texto foi produzido como uma proposta do projeto: Ariano Suassuna, não troco meu 'oxente' pelo 'ok' de ninguém: valorização da língua e cultura nordestina.

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