Por Ellen Luiza*
Na noite da última quinta-feira (17), aconteceu mais uma roda de conversa do clube de leitura Sementes do amanhã. Na ocasião, mais de trinta amantes da literatura se envolveram por mais de duas horas em um diálogo leve, extrovertido e ao mesmo tempo consistente, sobre os enigmas do Best Seller, O Código da Vinci de Dan Bronw.
A roda de conversa foi recheada de surpresas agradáveis, a começar pela presença de Lúcia Vieira, poeta e eterna aluna do CNSP. Hoje, discente do Instituto Federal de Sergipe (IFS), Lúcia está no desenvolvimento de um projeto que buscará a implantação de um clube de leitura, no referente campus. A professora mestra Jaqueline Nascimento, chamada carinhosamente de “fada” por seus pupilos, também engrandeceu o nosso encontro com a sua presença. E, pela segunda vez na trajetória do Clube, fez a sua inédita indicação de leitura que foi devidamente enquadrada dentro da proposta fundamental do clube que é despertar e incentivar o hábito da leitura. Sendo assim, o livro foi aceito, debatido, aprovado e aclamado pelos protagonistas do grupo. A professora Jaqueline faz parte de um seleto grupo de curadores, que são de suma importância para o andamento do Sementes.
Na sequência, para mediar tantas mentes brilhantes, bem como apresentar os direcionamentos a serem percorridos durante o encontro, tivemos a participação das eternas alunas do CNSP, Hellen Victória e Helena Fenix, atualmente alunas do Colégio Estadual Professor Abelardo Romero Dantas (CEPARD) e Instituto Federal de Sergipe (IFS). Respectivamente, fizeram as honras da casa, com muito preparo, espontaneidade e segurança. Simultaneamente, conduziram com maestria todas as temáticas propostas e outros tópicos que foram surgindo ao longo do certame.
Inicialmente, os alunos se envolveram na história do autor, suas façanhas, repercussões e críticas sobre a sua obra no período em que foi lançada. É notório que para compreender um livro, torna-se necessário se aprofundar na pesquisa buscando detalhar a vida do autor, contexto em que a obra foi escrita e lançada. Evidentemente, os componentes do clube, são conhecedores dessa premissa e realizam com louvor essa empreitada.
Adentrando os salões do Louvre, os discentes se enveredaram por discutir as temáticas as quais o best-seller o código da Vinci aborda, temas e situações um tanto complexas e polêmicas. Haja vista, Dan Brown desafiou todas as regras, críticas do período e retratou entre as abordagens um tema bastante complicado e deveras polêmico, a igreja.
O colóquio seguiu a ordem cronológica da obra, na qual, Robert Langdon e Sophie Neveu, embarcam em uma aventura um tanto perigosa e arriscada para descobrir os demais segredos sobre o assassinato do renomadíssimo curador do Louvre Jacques Saunière, (também avô de Sophie Neveu.) Mas o que eles não esperavam, é que também embarcaram na descoberta do Santo Graal e o mistério em que envolve toda a igreja e o Opus dei. Um ponto muito discutido na reunião, foi sobre o que seria real ou ficcional, verdade ou verossímil, no tocante as informações, afirmações, fontes e leitura de imagens do livro. Os participantes mergulharam nessa perspectiva e deixaram “claro” a partir de suas óticas que é necessário fazer essa separação, facilitando o entendimento da obra.
Por fim, a partir da análise minuciosas das atitudes tomadas pelo “Mestre” para conseguir encontrar graal, questionamentos povoaram a mente de todos que se faziam presentes e, com isso, pergunta-se, existe um limite para se obter o poder? Tudo é válido para se conseguir o que deseja? E você, nobre leitor, já pensou sobre isso?
*Ellen Luiza, é aluna do 9º ano do Colégio Nossa Senhora da Piedade (CNSP). O texto foi produzido em parceria com um professor orientador.
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