Noite fria, dia longo, trabalho acabado,
Antônio, simples mortal, foi atacado,
Pelo comandante, vampiro sem coração,
Cravando-lhe os dentes, numa cruel ação.
Sangue escorria, corpo caído ao chão,
Mas estranho era, a fome não vinha não.
Terceiro dia chegou, sol a irritar,
Antônio percebeu, havia algo a lhe assombrar.
Uma ratazana devorou, sua força recuperou,
Mas consciência veio, seu destino encontrou.
Domingos apareceu e a notícia revelou,
Antônio, agora vampiro, sua sina mudou.
Era o Velho vampiro, o poderoso líder,
Que em corpo humano, podia se esconder.
Para reverter, uma estaca, o coração atingir,
As cinzas aspirar, para Antônio ressurgir.
Na armada de Cabral, a caçada começou,
Ao velho vampiro, Antônio se uniu e embarcou.
Chegaram à terra estranha, com gente de cor marrom,
Em busca do vilão, seu coração firme, seu destino a buscar som.
Entre cavernas e sociedade, Antônio aprendeu,
Os disfarces do Velho que em corpos se escondeu.
De Cabral ao Brasil, Antônio seguiu,
Sua caçada incessante, em busca do comandante que partiu.
Exploração, colonização, lutas por liberdade,
Antônio testemunhou, em sua eternidade.
Até que em 1999, armadilha armou,
Ao vice-presidente, seu fim marcou.
Após cinco séculos, o ritual enfim,
As cinzas aspirou, Antônio voltou ao ser com fim.
Comer bacalhau, beber vinho, seu desejo realizou,
O vampiro que descobriu o Brasil, enfim descansou.
Por Emanuella Loiola
Emanuella Loiola é discente do 9º ano do Colégio Nossa Senhora da Piedade
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